Em tempos de debates cada vez mais acalorados sobre meio ambiente, ter uma árvore em casa equivale a acolher um hóspede ilustre. Trata-se de um bom recurso para obter conforto térmico e acústico, que, além disso, responde aos apelos da sustentabilidade.
Como escolher a árvore ideal?
Não adianta trazer uma espécie de origem europeia para os trópicos. Além da viabilidade de adaptação da muda, considere o porte da vegetação. O crescimento vigoroso da raiz costuma estragar pisos e muros; já o volume da copa pode comprometer a fiação elétrica da rua ou então avançar sobre telhados e beirais, inclusive os de vizinhos. Espécies maiores só funcionam em jardins extensos, parques e praças. Segundo os profissionais da área seguem a seguinte tabela: exemplares de 3 a 6 m de altura são considerados pequenos; de 6 a 10 m, medianos; acima de 10 m, grandes. Se você ainda não escolheu a que cultivar, aproveite as sugestões para três situações: fachada principal, calçada e margem da piscina. Todas se adaptam bem nas diversas regiões do Brasil.
1. O tipo de folha influencia na escolha
Flores delicadas. Apreciada por gerar fores miúdas que vão do branco aos tons róseos, a resedá atinge 4 m de altura. “Ela se adapta bem a climas predominantemente quentes e apresenta raízes curtas”, fala o paisagista Marcelo Bellotto, de São Paulo, criador deste projeto situado em Itu, SP
O fato de produzir sombra e, assim, refrescar os arredores é, sem dúvida, aspecto dos mais benéficos. Entretanto, o excesso de sombreamento provoca consequências indesejáveis, pois em excesso ele causa males ao jardim, uma vez que mina o crescimento de certas plantas. Como resultado, o espaço tende a ficar monocromático ou baseado em gramíneas. O ideal é balancear com locais ensolarados. O ciclo de vida das folhas também merece reflexão. Dependendo do tamanho e da quantidade desprendida dos galhos, os ralos e as calhas entopem facilmente. Ao planejar seu jardim, o morador deve saber que algumas árvores [as caducas] perdem todas as folhas no inverno, enquanto outras possuem folhas ou fores miúdas e viscosas capazes de manchar o piso. Já as frutíferas atraem aves e insetos. Cabe a cada um decidir se tais visitantes são bem-vindos ou não.
2. Como deve ser o plantio
Folhas estáveis. O paisagista paulista Benedito Abbud enfleirou coqueiros na margem direita da piscina desta casa no Guarujá, litoral norte paulista. “A raiz tem crescimento bastante controlado. Isso preserva a estrutura de concreto da piscina, e quase não caem folhas ao longo do ano”, justifca.
O plantio pode se dar em solo, laje ou vaso. Terrenos naturais oferecem poucas desvantagens – veja se há tubulação, muros, coberturas e postes nas proximidades que impeçam o cultivo.
A. Tamanho da cova: é determinado pelo porte da espécie. A escavação ideal para mudas varia de 60 a 70 cm². Uma árvore adulta pode precisar de até 1 m².
B. Cultivo em lajes: exige uma altura de terra de pelo menos 50 cm, coberta por brita, areia e manta geotêxtil. Além disso, requer impermeabilização, que deve ser refeita a cada dez anos (processo no qual, muitas vezes, algumas plantas não resistem). Árvores de enraizamento profundo estão fora de questão tanto em laje quanto em vaso.
C. Transplante de exemplares crescidos: leve em conta que isso demanda transporte e maquinário.
D. Adubação: Existem espécies que gostam de solo umedecido e outras, de terrenos drenados. Nesse caso, adicione areia à mistura.
3. Para Fachada
Entrada de residências podem comportar vegetação de médio e grande portes, com característica ornamental e capaz de propiciar sombra e podem ser plantadas, ao lado de opções que oferecem aromas, flores e frutos, que colorem a cidade!!!
4. Para calçada
As melhores são espécies de pequeno a médio portes dotadas de raízes não muito profundas. Assim, tanto a fação quanto o calçamento ficam intactos. sem falar que o sombreamento ameniza o calor emanado do asfalto.
5. Para beira da piscina
Aqui, a maior preocupação é evitar a queda de folhas que dificultem a limpeza e danifiquem filtros, por isso, palmeiras de folhagens largas são tão comuns nesses locais.
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